Conheça o frango colonial 041 – o caipira da Embrapa
O frango caipira ou Frango Colonial – O Embrapa 041, como ficou registrado, resulta do cruzamento entre raças pesadas de corte e raças semipesadas de postura. As matrizes, puras, são Plymouth Rock White (fêmea, cor branca) e Rhode Island Red (macho, cor vermelha), raças já conhecidas nos terreiros do Brasil desde a década de 30. Os frangos apresentam plumagem avermelhada, sendo que as fêmeas têm coloração mais clara do que os machos. De crescimento lento, o frango colonial é de terminação mais tardia que o frango de corte industrial. Para alcançar o peso de abate de 2,5 quilos, ele necessita de 84 dias, enquanto o frango de aviário convencional precisa de apenas 42 dias. Na alimentação, além da ração básica, pode-se oferecer grãos, hortaliças, frutas, tubérculos e sementes – há necessidade, todavia, de balancear a alimentação fornecida.
Tanto a composição genética como o manejo fazem com que a pele do frango colonial seja mais pigmentada (amarela), a carne menos gordurosa e de textura mais consistente. O sabor é mais próximo daquele de ave silvestre. A carne do frango colonial é indicada principalmente para pratos cozidos, como sopas, risotos e frango ao molho. De acordo com os pesquisadores, o Embrapa 041 apresenta essas características coloniais sem perder as vantagens do frango comercial como o controle sanitário e a qualidade de carne.
Para os especialistas, a criação de aves exige cuidados especiais. As recomendações dos pesquisadores da Embrapa mostram a necessidade de planejar, treinar os produtores e definir antecipadamente os mercados que consumirão os produtos para que a criação de frango realmente ajude a aumentar a renda obtida de pequenos produtores. De acordo com o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Gilberto Schmidt, mesmo em projetos voltados para a agricultura familiar, não se pode abrir mão da organização dos produtores e dos avanços alcançados pela avicultura industrial. “Existem cuidados sanitários, de segurança alimentar e de qualidade de produto que não podem estar ausentes. Temos feito um alerta constante a todos nossos parceiros para que não se confunda uma produção alternativa de carne de frango com uma produção desprovida de procedimentos adequados”, afirma Schmidt.